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O governo Bolsonaro, além da marca de quase 700 mil mortes por covid-19, o maior desmatamento da Amazônia, o fim de importantes programas sociais e a maior destruição das leis e normas de proteção aos trabalhadores, também terminará seu mandato com outro dado nada invejável. Será o primeiro governo, desde o Plano Real, portanto há 28 anos, a findar o mandato com o salário mínimo do brasileiro valendo menos do que quando entrou.
Isso porque ele acabou com a política de valorização do salário mínimo e hoje o trabalhador não tem mais poder de compra para sustentar sua família.
Os cálculos apontam que, de 2018 para 2022, o salário mínimo terá uma perda de 1,7%, se a inflação não aumentar ainda mais. Durante três anos de mandato, o governo não autorizou qualquer percentual de aumento real para o salário mínimo.
Outro dado importante é que o Brasil tem hoje a maior parcela de trabalhadores ganhando um salário mínimo desde 2012, segundo o IBGE. Além disso, 64% das pensões e aposentadorias pagas aos brasileiros também estão fixadas no piso salarial.
Na contramão da política bolsonarista, o DIEESE aponta que o salário mínimo para uma família de 4 pessoas em abril deveria ser de R$ 6.754,33.
Confira a evolução do salário mínimo desde o governo FHC:
Fernando Henrique Cardoso (1995-2002): 50,9%
Lula (2003-2010): 57,83%
Dilma Roussef (2011-2016): 12,67%
Michel Temer (2016-2018): 3,28%
Bolsonaro (2019-2022): -1,77%
Assessoria de Comunicação
10/05/2022 10:40:50
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